Viajávamos pelo Alasca com nossas três filhas e tínhamos acabado de ver o monte McKinley de nosso acampamento, ali perto. Antes de caminhar até o lago, peguei uma grande toalha vermelha, para que estivesse à mão no caso de um banho. Fomos por um atalho, uma trilha no bosque, e logo chegamos ao lago, mas não vimos as placas de advertência quanto a ursos e outros desastres naturais. Quando chegamos ao lago, parei. Prakash, meu esposo, continuou para fazer a volta ao lago, na frente de nossas três meninas.
De súbito, ouvi Prakash gritar: “Urso!” Achei que ele estava apenas tentando assustar as meninas, mas a urgência incomum em sua voz me fez olhar para cima. Ali, diretamente diante dele, estava uma ursa negra, erguida sobre as patas traseiras. Seus dois filhotes estavam escondidos entre os arbustos. Todos haviam sido perturbados em seu jantar de frutas silvestres por nossa caminhada vespertina. Esquecendo-se das orientações que conhecíamos acerca de não correr, os quatro se viraram e correram pela trilha na minha direção.
Bati em retirada junto com eles, mas não conseguia correr tanto quanto minha filha de 8 anos. Minha família estava bem adiante, mas a ursa, que não resistira à tentação de perseguir o grupo indisciplinado que a perturbara, agora me seguia bem de perto e estava atrás de mim!
Meu primeiro pensamento foi: Vou morrer. Acho que estou bem, porque conheço meu Senhor – mas tenho certeza de que vai doer quando aquela ursa me derrubar! O pensamento seguinte veio logo depois do primeiro: Você não orou!
Socorro, Senhor!, orei enquanto continuava correndo, apavorada, trilha acima. Acho que foi a oração mais curta da história – depois da de Jonas.
De repente, percebi que, na fuga, nenhum de nós havia emitido um som, e os guardas-florestais dizem que se deve fazer bastante barulho no território dos ursos. Gritei: “Socorro! Socorro! Urso!” Ao mesmo tempo, meu esposo jogou a toalha vermelha na direção da ursa. Mais uma vez olhei por sobre meu ombro. A mamãe ursa se fora! Até hoje, Prakash declara que o ato de jogar a toalha a assustou. E eu digo a ele que meu ilustre cavaleiro estava tão longe, correndo à minha frente, que a ursa nem enxergaria a toalha sem binóculos. Nós dois sabemos que, não fosse a graça de Deus, eu teria morrido naquele dia.
Muito obrigada, Senhor, por haveres prolongado nossa vida terrestre. Agora faze de nossa família um instrumento usado por Ti para ajudar outros, enquanto vivermos.
Sherry Shrestha
Notas Divinas - Meditação da Mulher 2010 - CPB
3 comentários:
Fé sempre irmã!
Luz na mente e Paz no coração.
Empolgante esta aventura...
Deus é o socorro bem presente, né...
Fiquem com Deus!
Clécia
www.firmadosnosenhor.blogspot.com
Adorei!
Temer é um fato naturalmente humano...até msmo necessario as vzs, mas a Fé nos mantém seguros.
bjo
da LizA
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