Minha paciência se esgotara! Eu havia explicado duas vezes à mulher na loja de computadores o que estava acontecendo com meu novo laptop, mas ela parecia não me ouvir. Quando outra pessoa chegou, ela começou a fazer-lhe um relatório a respeito, mas confundiu tudo. Eu disse, com impaciência: “Desculpe-me. Por favor, deixe que eu explico!” Ela ficava me interrompendo, de modo que não me importei de interrompê-la.
Ela me olhou como se eu tivesse chifres, mas não me impressionei. Depois de contar a minha versão ao homem, ele me informou que não havia nada que pudessem fazer ali na loja; eles teriam que mandar o computador para outro lugar. Eu tinha praticamente certeza de que seria uma coisa simples de corrigir, com apoio técnico. Eu havia recebido a garantia por ocasião da compra do computador, mas não consegui ser atendida. Ele me disse que a garantia na verdade não valia para suporte técnico, somente para peças e mão-de-obra no caso de computador estragado, embora o representante de vendas que o vendera para mim tivesse dito algo completamente diferente.
Nesse meio tempo, notei que a mulher se havia ausentado por um pouco, mas não me interessou saber para onde. Então, de repente, ela voltou com um gerente e disse que, como eu tinha adquirido o computador fazia menos de 90 dias, eles iriam trocar a garantia da loja pela garantia do fabricante, de onde eu podia receber suporte técnico de graça, em qualquer ocasião.
Foi uma grande surpresa vê-la fazendo isso depois do modo como havia agido, mas rapidamente tomei a decisão de ir em frente e fazer a troca, sem custo para mim.
Quando a papelada ficou pronta e ela havia retornado à sua escrivaninha, pedi que meu marido esperasse um momento enquanto eu me dirigia até ela para agradecer o que fizera. Quando me aproximei da sua mesa, ela olhou para cima e uma expressão quase de medo lhe passou pelo semblante. Quando eu lhe disse que queria apenas agradecer muito a ajuda que me prestara com relação à troca da garantia, seus olhos se iluminaram de repente e, com lágrimas, ela disse em voz baixa: “Sou eu que agradeço!”
O problema foi resolvido com um telefonema, e meu coração cantou quando entendi que fui capaz de levar alegria à mulher que a princípio me causara tanta frustração. Nós duas nos sentimos muito melhor agora. A regra áurea tem aplicação ainda hoje.
Anna May Radke Waters
Notas Divinas - Meditação da Mulher 2010 - CPB
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