quinta-feira, 6 de março de 2008

Abrigada nos Braços de Deus ...


Pois Tu me tens sido refúgio. Salmo 61:3.

Durante a refeição da noite, olhei para nossa filha de quinze anos, Judy Lynn, e notei que ela chorava em silêncio. – O que está acontecendo, querida? – perguntei. Realmente nem precisaria perguntar. Ela vinha sentindo dores abdominais intermitentes por várias semanas, e os médicos não diagnosticavam o problema. Agora as dores estavam de volta e impediam que ela comesse. – Está doendo – disse ela.

– Querida, eu sei que dói, mas você pode me mostrar exatamente onde está doendo? – Ela colocou a mão no lado direito do corpo, entre o quadril e o umbigo. Dentro de segundos me coloquei ao lado dela, com a atenção concentrada nas implicações da sua revelação. Apalpei suavemente a princípio, e depois com três dedos pressionei de maneira muito rápida e com um pouco mais de força, soltando em seguida. Esse procedimento fora usado para diagnosticar minha apendicite, três anos e meio antes do nascimento de Judy Lynn. A reação dela confirmou que era esse o problema. Rapidamente a confortei e depois corri para o telefone, contando ao médico o que descobrira. Ele me orientou a levá-la ao hospital sem demora.

Peguei rapidamente algumas coisas de que ela precisaria e meu esposo carregou Judy Lynn até a caminhoneta, deitando o banco para que ela pudesse ir reclinada e mais confortável.

Durante o percurso de 20 minutos, o toca-fitas do carro nos trazia uma suave música religiosa de fundo, e minha atenção se voltava para a condução segura do veículo, enquanto observava Judy Lynn de perto. Então algo na música me fez sentar-me mais ereta e ouvir com atenção a letra: "Pois estou abrigada nos braços de Deus." Boa parte da tensão que estivera crescendo se desvaneceu dos meus ombros e costas. Por que carregaria eu esse peso sozinha? Deus estava ali comigo no carro enquanto nos dirigíamos ao hospital. Estava em casa com meu esposo e as duas crianças menores, guardando-os em segurança enquanto dormiam. Estaria com a equipe do hospital também, enquanto cuidava de Judy Lynn.

Tudo correu muito bem na cirurgia. Em pouco tempo trouxemos Judy Lynn de volta para casa, e ela se recuperou suficientemente para voltar à escola e a outras atividades que apreciava.



Lillian Musgrave

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Sinfonia de louvor: 366 devocionais para mulheres. Trad. Eunice Scheffel do Prado. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007.

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