Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor. João 1:23
Os rostos dos três homens estavam sérios enquanto o prefeito lhes informava da catástrofe.
A chuva levou a ponte. Durante a noite, muitos carros caíram no rio.
Que faremos? - Perguntou um deles.
Vocês precisam ficar do lado da estrada, e avisar os motoristas para que não dobrem à esquerda. Diga-lhes que tomem a pista simples que circunda o rio.
Mas eles correm muito! Como é que vou avisá-los?
Vistam essas placas em forma de sanduíche - explicou o prefeito, trazendo seis placas de madeira, unidas duas a duas para ficarem penduradas no ombro.
Fiquem nos cruzamentos, para que os motoristas vejam, até eu conseguir alguém para consertar a ponte.
E assim os homens apressaram-se em chegar à curva perigosa, e colocaram os cartazes sobre o corpo.
Os motoristas deviam me ver primeiro - disse um deles. Os outros concordaram. O cartaz dele dizia: "Ponte Quebrada". Ele andou várias centenas de metros antes de se virar e assumir o posto.
Talvez eu deva ser o segundo, para que os motoristas baixem a velocidade - disse aquele cujo o cartaz dizia: "Reduza a Velocidade".
Ótima idéia - concordou o terceiro. - Eu ficarei aqui na curva, para que as pessoas deixem a estrada larga, e tomem a estreita. - Seu cartaz dizia simplesmente: "Somente Estrada da Direita" e tinha um dedo apontando a rota segura.
E assim os três homens postaram-se com seus três sinais, prontos a alertar aos viajantes acerca da ponte carregada pelas águas. Quando os carros e aproximavam, o primeiro homem se endireitava para que os motoristas conseguissem ler: "Ponte Quebrada". Então o segundo apontava para o cartaz, dizendo para os carros reduzirem a velocidade. E, na hora em que os motoristas obedeciam conseguiam ver o terceiro cartaz: "Somente Estrada da Direita". E, apesar de ser estreita a estrada, os carros obedeciam e se salvavam. Centenas de vidas foram salvas por aqueles homens e seus cartazes. Por eles terem feito o seu trabalho, muitas pessoas foram afastadas do perigo.
Mas depois de algumas horas começaram a ficar relaxados em seus postos.
O primeiro ficou com sono. "Vou me sentar aqui, assim, as pessoas conseguirão ler meu aviso enquanto tiro uma soneca" resolveu. Tirou as placas dos ombros e as apoiou numa pedra grande. Encostou-se no cartaz e caiu no sono. Enquanto dormia, o braço escorregou sobre o cartaz, cobrindo uma das duas palavras. Assim, em vez de dizer "Ponte Quebrada", só dizia "Ponte".
O segundo, não ficou cansado, mas ficou convencido. Quanto mais alertava os motoristas, mais importante se sentia. Alguns até chegavam a encostar o carro para lhe agradecer o bom trabalho.
"Podíamos ter morrido se não nos tivesse avisado para diminuirmos a velocidade", aplaudiam.
"Você é demais", ele pensava consigo mesmo. "Quantas pessoas não estariam perdidas, não fosse por mim?"
Até que começou a achar que era tão importante quanto o cartaz que carregava. Assim, tirou-o dos ombros e o armou no chão, ficando ao lado dele. Mas ao fazer isso, não percebeu que ele também estava cobrindo uma palavra do aviso. Ele ficou parado na frente da palavra "Velocidade". Tudo que os motoristas conseguiam ler era "Reduza". A maioria achou que ele estava fazendo propaganda de emagrecimento.
O terceiro homem não estava cansado como o primeiro nem convencido como o segundo. Mas estava preocupado com a mensagem do cartaz que dizia: "Somente Estrada da Direita". O que o angustiava era que sua mensagem fosse estreita, tão dogmática. "As pessoas deviam ter uma escolha. Quem sou eu para dizer a elas qual a estrada certa e qual a errada?"
Assim resolveu alterar as palavras do cartaz. Riscou a palavra "somente" e escreveu "melhor". "humm...", pensou, "ainda é autoritário. É melhor não fazer julgamentos morais. Assim, riscou a palavra "melhor" e escreveu-se "sugere-se". Aquilo ainda não parecia correto. "Talvez as pessoas fiquem ofendidas, se acharem que eu estou dando a entender que sei algo que elas não sabem." Assim, pensou e pensou, até que finalmente riscou a expressão "Sugere-se", substituindo-a por uma frase mais neutral. "Ah, perfeito!", disse para si mesmo enquanto se afastava para ver melhor.
"Uma Dentre Duas Alternativas igualmente Válidas - Estrada da Direita."
E assim, como o primeiro homem caiu no sono, o segundo se levantou e o terceiro alterou a mensagem, os carros foram caindo no rio, um após o outro.
A chuva levou a ponte. Durante a noite, muitos carros caíram no rio.
Que faremos? - Perguntou um deles.
Vocês precisam ficar do lado da estrada, e avisar os motoristas para que não dobrem à esquerda. Diga-lhes que tomem a pista simples que circunda o rio.
Mas eles correm muito! Como é que vou avisá-los?
Vistam essas placas em forma de sanduíche - explicou o prefeito, trazendo seis placas de madeira, unidas duas a duas para ficarem penduradas no ombro.
Fiquem nos cruzamentos, para que os motoristas vejam, até eu conseguir alguém para consertar a ponte.
E assim os homens apressaram-se em chegar à curva perigosa, e colocaram os cartazes sobre o corpo.
Os motoristas deviam me ver primeiro - disse um deles. Os outros concordaram. O cartaz dele dizia: "Ponte Quebrada". Ele andou várias centenas de metros antes de se virar e assumir o posto.
Talvez eu deva ser o segundo, para que os motoristas baixem a velocidade - disse aquele cujo o cartaz dizia: "Reduza a Velocidade".
Ótima idéia - concordou o terceiro. - Eu ficarei aqui na curva, para que as pessoas deixem a estrada larga, e tomem a estreita. - Seu cartaz dizia simplesmente: "Somente Estrada da Direita" e tinha um dedo apontando a rota segura.
E assim os três homens postaram-se com seus três sinais, prontos a alertar aos viajantes acerca da ponte carregada pelas águas. Quando os carros e aproximavam, o primeiro homem se endireitava para que os motoristas conseguissem ler: "Ponte Quebrada". Então o segundo apontava para o cartaz, dizendo para os carros reduzirem a velocidade. E, na hora em que os motoristas obedeciam conseguiam ver o terceiro cartaz: "Somente Estrada da Direita". E, apesar de ser estreita a estrada, os carros obedeciam e se salvavam. Centenas de vidas foram salvas por aqueles homens e seus cartazes. Por eles terem feito o seu trabalho, muitas pessoas foram afastadas do perigo.
Mas depois de algumas horas começaram a ficar relaxados em seus postos.
O primeiro ficou com sono. "Vou me sentar aqui, assim, as pessoas conseguirão ler meu aviso enquanto tiro uma soneca" resolveu. Tirou as placas dos ombros e as apoiou numa pedra grande. Encostou-se no cartaz e caiu no sono. Enquanto dormia, o braço escorregou sobre o cartaz, cobrindo uma das duas palavras. Assim, em vez de dizer "Ponte Quebrada", só dizia "Ponte".
O segundo, não ficou cansado, mas ficou convencido. Quanto mais alertava os motoristas, mais importante se sentia. Alguns até chegavam a encostar o carro para lhe agradecer o bom trabalho.
"Podíamos ter morrido se não nos tivesse avisado para diminuirmos a velocidade", aplaudiam.
"Você é demais", ele pensava consigo mesmo. "Quantas pessoas não estariam perdidas, não fosse por mim?"
Até que começou a achar que era tão importante quanto o cartaz que carregava. Assim, tirou-o dos ombros e o armou no chão, ficando ao lado dele. Mas ao fazer isso, não percebeu que ele também estava cobrindo uma palavra do aviso. Ele ficou parado na frente da palavra "Velocidade". Tudo que os motoristas conseguiam ler era "Reduza". A maioria achou que ele estava fazendo propaganda de emagrecimento.
O terceiro homem não estava cansado como o primeiro nem convencido como o segundo. Mas estava preocupado com a mensagem do cartaz que dizia: "Somente Estrada da Direita". O que o angustiava era que sua mensagem fosse estreita, tão dogmática. "As pessoas deviam ter uma escolha. Quem sou eu para dizer a elas qual a estrada certa e qual a errada?"
Assim resolveu alterar as palavras do cartaz. Riscou a palavra "somente" e escreveu "melhor". "humm...", pensou, "ainda é autoritário. É melhor não fazer julgamentos morais. Assim, riscou a palavra "melhor" e escreveu-se "sugere-se". Aquilo ainda não parecia correto. "Talvez as pessoas fiquem ofendidas, se acharem que eu estou dando a entender que sei algo que elas não sabem." Assim, pensou e pensou, até que finalmente riscou a expressão "Sugere-se", substituindo-a por uma frase mais neutral. "Ah, perfeito!", disse para si mesmo enquanto se afastava para ver melhor.
"Uma Dentre Duas Alternativas igualmente Válidas - Estrada da Direita."
E assim, como o primeiro homem caiu no sono, o segundo se levantou e o terceiro alterou a mensagem, os carros foram caindo no rio, um após o outro.
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LUCADO, Max. Ouvindo Deus na tormenta. Rio:CPAD, 2005.
LUCADO, Max. Ouvindo Deus na tormenta. Rio:CPAD, 2005.
inspiração, inspirações
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