quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Jardim de Deus ...

Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós. 1 João 3:16.

Cuidadosamente ergo o pesado álbum de fotografias que tem feito parte da minha vida há tanto tempo. Viro as páginas e pensativamente relembro minha vida – os anos da infância, meus próprios filhos e finalmente a aposentadoria. Outra página... Meus olhos caem sobre fotos de um lindo e tranqüilo jardim. A lembrança me leva através de serenos gramados verdes, aprazíveis vales e onduladas colinas. As flores são profusas e as árvores curvam seus ramos amigos à brisa fresca da manhã. Uma chama eterna arde no centro desse agradável lugar.

As pessoas que o visitam vêm com um propósito. É um lugar onde são derramadas lágrimas e os corações são esvaziados em tristeza. Filas de placas de mármore são adornadas com flores, soprando sua fragrância sobre os caminhos ao longo dos quais andamos.

Seres queridos, que repousam pacificamente sob esses carpetes verdes, são afetuosamente lembrados. Um rapaz, companheiro de escola do meu filho, dorme numa colina próxima. Um colega repousa ali perto. Outros amigos queridos jazem aqui também. Dois marcadores trazem os nomes de meus preciosos pais, as duas pessoas que me moldaram a vida e me ensinaram através de seu exemplo cristão.

Tento imaginar quanto amor repousa sob este carpete verde vivo, e quanto amor é derramado sobre os que ali dormem. Penso nas palavras escritas pelo grande compositor de hinos, Oscar Hammerstein. Certa noite, momentos antes de a estrela musical da Broadway, Mary Martin, entrar no palco, foi-lhe entregue um bilhete. Era de seu amigo Oscar Hammerstein, que naquele momento se encontrava no seu leito de morte. O bilhete dizia simplesmente: "Querida Mary, um sino não é um sino enquanto você não o tocar. Uma canção não é uma canção enquanto você não a cantar. O amor não foi colocado no seu coração para ficar aí. O amor não é amor enquanto não for partilhado."

Então penso em outro jardim – o Getsêmani – onde o inestimável preço do amor por nossa redenção foi pago pelo Filho de Deus. E não muito distante dali, foi derramado em sua plenitude naquela cruz sobre um monte solitário.

Amor compartilhado! Um dia ele romperá as cadeias que têm prendido Seus filhos. Afastará as pesadas lajes de mármore que trazem seus nomes, e lhes serão dados nomes novos. Tudo por causa do Seu amor, dado livremente na cruz. "O amor não é amor enquanto não for partilhado." Verdade!

Lorraine Hudgins-Hirsch

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