terça-feira, 6 de maio de 2008

Salvo!

irou-me de um poço de perdição, dum tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. Salmo 40:2.

Salvei a vida do menino naquele dia. Mas se eu não tivesse estado lá, outra pessoa o teria salvado. Mesmo assim, foi uma sensação boa.

Era primavera, e meu esposo e eu visitávamos amigos na província canadense de Saskatchewan. Enquanto os homens semeavam os campos, as mulheres levaram a nós e as crianças a um lindo lago escondido entre árvores em algum ponto daquela campina. Era um local tranqüilo. O atracadouro havia acabado de ser erguido de sob a superfície do lago, e Blaine, o filho de três anos de minha amiga, estava parado na outra extremidade, olhando para a água. Sua mãe o advertiu a tomar cuidado.

De repente, seu corpinho afundou na água profunda. Engolimos em seco ao mesmo tempo. Meu esposo não sabia nadar, e as duas mulheres tinham bebês nos braços. Assim, disparei pela areia e fui para o longo ancoradouro. Miraculosamente, Blaine foi à superfície justamente na extremidade do atracadouro e enquanto eu corria na sua direção a sua cabecinha estava acima da água e os braços, estendidos. Orei fervorosamente para que ele permanecesse ali, a fim de que eu não tivesse de mergulhar na água sombria à sua procura.

Quando procurei reduzir a velocidade ao me aproximar da extremidade do dique, descobri por que Blaine havia caído – as pranchas molhadas eram mais escorregadias que uma placa de gelo. Temendo deslizar para dentro da água também e cair em cima da aterrorizada criança, coloquei-me de joelhos e depois me deitei de barriga, estendendo meus longos braços para os lados a fim de agarrar as extremidades do ancoradouro. Quando parei, meu queixo estava na ponta do estrado, e meus olhos diante dos olhos de Blaine. Estendendo a mão, tirei-o da água fria e escura.

Ele tremia incontrolavelmente enquanto voltávamos para a praia e para sua mamãe. Ainda vejo seus bracinhos estendidos, clamando por salvação de sua líquida sepultura. Eu teria feito qualquer coisa humanamente possível para tirá-lo para fora.

Quão mais desesperadamente nosso Pai celestial deseja tirar-nos do poço do pecado! Estão os nossos braços estendidos para Ele?

Dawna Beausoleil

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Sinfonia de louvor: 366 devocionais para mulheres. Trad. Eunice Scheffel do Prado. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007.
Inspiração - Inspirações

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