domingo, 17 de maio de 2009

Bolas de Golfe Errantes


Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo. Tiago 3:2.


Minha caminhada matutina me levou a um caminho paralelo a um campo de golfe. Em alguns pontos, havia apenas alguns metros entre minha trilha e os gramados verdes. Certa manhã, parei de repente e olhei uma nova placa colocada num desses pontos onde o caminho para o público e o campo de golfe quase se encontram. “Cuidado com as bolas de golfe errantes”, dizia. Achei graça da palavra “errante”, aplicada às bolas de golfe. Isso confirmava o que sempre suspeitei: as bolas de golfe têm vontade própria.


Nos primeiros anos do nosso casamento, tentei me entusiasmar com o golfe, já que era um esporte que meu esposo apreciava. Ele me treinava com paciência e, depois de algum tempo, não tão pacientemente. Não importava como eu me posicionasse, flexionasse os joelhos e brandisse o bastão, parecia que a bola de golfe não ia para onde eu queria que ela fosse. Em vez de ir na direção da bandeirinha na parte reta do campo, ela se dirigia ao bosque, ou ao laguinho, ou ao obstáculo de areia.


“Que é que eu posso fazer?” defendia-me eu, diante de um marido que simplesmente ficava ali parado, balançando a cabeça. “Eu mandei que ela fosse reto!” Parecia que toda bola que eu lançava era errante. Ela ia para onde bem entendesse. Depois de uma cota mais do que suficiente de bolas de golfe errantes, escolhi seguir com meu passatempo de observar pássaros, enquanto meu esposo seguia com suas bolas de golfe. Foi sorte das vacas, dos carros e de outros jogadores de golfe que eu parei, antes que uma das minhas bolas “errantes” causasse algum estrago.


Enquanto prosseguia na caminhada matinal, não consegui tirar aquela placa da minha mente. Quantas vezes minhas palavras foram “errantes” como bolas de golfe desgarradas. Quantas vezes abri a boca, sem intenção, e despachei uma palavra voadora que acabou ferindo alguém. Lembrei-me das palavras: “Os meninos que soltam pipas trazem de volta suas aves de asas brancas, mas você não pode fazer o mesmo quando solta palavras.” Parafraseei essa declaração para sintonizá-la com meus pensamentos acerca do golfe.


Senhor, ajuda-me a pensar duas vezes antes de jogar palavras voadoras hoje. Se forem “errantes”, podem ferir alguém profundamente. Permite que as palavras da minha boca sejam certeiras, e não errantes; proveitosas, e não prejudiciais.


Dorothy Eaton Watts

Um comentário:

Valdemir Reis disse...

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Valdemir Reis