Em 4 de julho de 1952 a nadadora americana Florence Chadwick entrou no mar, na costa da Califórnia, e começou a nadar em direção à ilha de Catalina, a 33 km de distância. Ela estava decidida a ser a primeira mulher a fazer essa travessia.
Mas, a certa altura, um denso nevoeiro desceu sobre o mar, de modo que ela não conseguia ver nem mesmo os barcos que a acompanhavam para espantar os tubarões. Após 15 horas nadando na água fria, em meio ao nevoeiro, ela gritou para sua mãe e para seu treinador: “Vou sair. Não consigo ir adiante.” Eles tentaram convencê-la a não desistir, mas ela parou e subiu para o barco.
Qual não foi a sua decepção, porém, ao perceber que estava a menos de um quilômetro da chegada. Ela disse: “Se eu tivesse visto a praia, acho que conseguiria nadar até lá.”
Dois meses mais tarde, ela tentou de novo. Desta vez foi diferente. O mesmo nevoeiro espesso desceu sobre o mar outra vez, mas ela nadou até à praia porque manteve uma imagem mental da costa enquanto nadava.
Você já fracassou em alguma coisa? Nos estudos, no vestibular, no trabalho, no casamento, ou em algum projeto de vida? Fica acordado à noite pensando em alguma palavra que não devia ter falado ou em algo que não devia ter feito? Você não está sozinho, pois os fracassos fazem parte da vida. Não só de algumas pessoas, mas de todas. Todos metem os pés pelas mãos, às vezes. Todos passam por constrangimentos.
Mas o fracasso nunca deve ter a última palavra, pois ele geralmente prepara o caminho para o sucesso. Quando Napoleão Bonaparte tinha 17 anos, julgava-se fracassado e pensava em suicidar-se. “Para onde se volvem hoje meus pensamentos?”, escreveu ele. “Para a morte... Por que deveria continuar vivendo se nada do que concerne a mim, prospera?” No entanto, galgou os degraus da fama e da fortuna. O segredo está em aprender com os fracassos e continuar insistindo. Raramente alguém é bem-sucedido logo na primeira tentativa.
Na eleição popular para decidir quem deveria ser solto, Jesus foi derrotado, pois o povo escolheu Barrabás. Em sua hora suprema, ao pedir ao Pai que, se possível, O poupasse daquele cálice amargo, não teve o Seu pedido atendido, e foi crucificado. Aquelas aparentes derrotas, porém, foram apenas o prelúdio de Sua estrondosa vitória no terceiro dia, quando ressurgiu dos mortos.
A vitória de Cristo é também a nossa. Em Sua cruz, foram cravados todos os nossos fracassos. Glória! Aleluia!
Scheffel, Rubem M. Meditações diárias: com a eternidade no coração. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira.
Um comentário:
Belíssimo texto!
Sempre válido relembrar trechos da história de Cristo.
abç
.
L.zzA
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