quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008


Faço esta oração [...] para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo [...] para a glória e louvor de Deus. Filipenses 1:9-11

Sinceridade é um dos aspectos da vida cristã que mais põem em evidência nosso caráter. O termo grego que dá origem a essa palavra sugere a idéia de "pureza de motivos". O vocábulo original é formado por eile, "calor" ou "luz solar", e krino que quer dizer "examinar", o que nos dá um significado mais amplo, mais ou menos assim: "examinando sob a luz do Sol" e "sem mistura".

No latim, sincero significa "sem cera", isto é, sem a cera usada para disfarçar os defeitos das esculturas e dos móveis de madeira. Os carpinteiros e os escultores enchiam as trincas com cera misturada ao pó da própria madeira, alisavam, lixavam, envernizavam e tudo parecia perfeito. A bela aparência da peça dizia que não havia nenhum defeito. Porém, com o passar do tempo, sob a ação do calor, do frio e da umidade e também pelo uso, a cera ia se desfazendo e as trincas iam aparecendo.

Sinceridade significa "sem cera", sem máscaras. É ser o que realmente é e não o que aparenta ser. Não nos esqueçamos de que, um dia, a cera se esfarinha e a rachadura aparece. Se não for aqui, será no acerto final, diante do STD, o Supremo Tribunal Divino.

Como cristãos, qual é o exemplo que damos ao realizarmos transações comerciais, nos compromissos e encargos sociais e fiscais para com o governo e nos deveres para com Deus na devolução dos dízimos? Será que suportariam uma minuciosa auditoria divina, um "exame sob a luz do Sol"?

"Foi-me mostrado", escreveu Ellen G. White, "que aqui é onde muitos deixarão de suportar a prova. Desenvolvem seu verdadeiro caráter na administração das coisas temporais. Manifestam infidelidade, projetos dolosos e desonestidade no trato com os semelhantes. Não consideram que o alcançar a imortal vida futura depende de como procedem nos negócios desta vida e que para a formação de um caráter justo é indispensável a mais estrita integridade" (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 507).

No texto básico da meditação de hoje, está implícito o princípio para uma vida pura, não contaminada pelos males deste mundo, expurgada de toda a prática desonesta tão comum na sociedade em que vivemos, sem qualquer escória que possa nos desclassificar para a vida eterna.

REFLEXÃO: "Bem sei, meu Deus, que Tu provas os corações e que da sinceridade Te agradas" (1Cr 29:17).

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SARLI, Wilson. Água da fonte. Tatuí, SP: Casa publicadora Brasileira, 2008.

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