sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O Tempo de Graça ...


É necessário que façamos as obras dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. João 9:4

Guardo lembranças do Sol refletindo os últimos raios nas águas serenas do rio Araguaia, esse majestoso rio do interior do Brasil. Quem poderá descrever? Nenhum pintor, por mais talentoso que seja, poderá reproduzir na tela todo o esplendor do astro-rei, deixando atrás um horizonte em fogo. Ele parte para transmitir em outras partes do planeta a luz, o calor e a vida.

Todo esse maravilhoso espetáculo da natureza acontece sem alardes ou manifestações sobrenaturais. O Sol vai desaparecendo silenciosamente, as cores celestes vão aos poucos se dissipando e a noite vai chegando de mansinho. A claridade vai se apagando "calma e quieta". É tudo muito natural e rotineiro. Mas quando a escuridão da noite predomina, somos levados a admitir que o dia se foi e a noite chegou.

Temos aqui uma ilustração apropriada para o fim do tempo da graça de Deus. A luz divina vai diminuindo, os apelos do Espírito Santo vão-se tornando escassos sem que as pessoas percebam, e a noite, sem ruídos e imperceptivelmente, vai cobrindo o mundo todo com seu manto escuro e implacável. E quando o anjo da misericórdia divina partir para nunca mais voltar, os homens perceberão que algo de conseqüências eternas aconteceu. Terminou o tempo da graça! Foi-se para sempre a oportunidade. "As trevas cobrem a Terra, e a escuridão, os povos" (Is 60:2). "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos" (Jr 8:20).

Ellen G. White nos alerta com as seguintes palavras: "A passos furtivos aproxima-se o dia do Senhor [...] O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra" (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 13, 280).

Enquanto a luz da graça divina está se esvaindo em direção ao Céu, e a sombra irreversível estendendo-se sobre o mundo impenitente, os homens, sem que se dêem conta, continuam a rotina de cada dia: comprando e vendendo, enganando e sendo enganados. E, quando a noite da desesperança envolver a Terra, será tarde demais para se arrepender.

Para nossa tranqüilidade, ainda estamos vivendo em tempos de oportunidade, de graça. Mas não por muito tempo mais. O tempo se esgota. Não desperdicemos as misericórdias divinas.

REFLEXÃO: "Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 3:7, 8).
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SARLI, Wilson. Água da fonte. Tatuí, SP: Casa publicadora Brasileira, 2008.

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