sábado, 9 de fevereiro de 2008

A Oração Audível ...


Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Atos 4:31

A oração audível e em público se faz necessária para nós, e não para Deus. É verdade que a igreja não necessita, prioritariamente, de orações cheias de adjetivos, que, não poucas vezes, se caracterizam pela falta do poder do alto. Mas a oração audível, quando bem proferida e oportuna, expressando de modo claro os sinceros desejos do povo ali reunido, contagia a congregação. Cada frase, cada petição proferida no poder do Espírito, deve ser confirmada com um "amém" solene, o que leva os adoradores a um sentimento de união entre si e de mais intimidade com Deus.

Orações proferidas em público devem ser uma espécie de conversa com Deus. A espontaneidade das palavras facilita a compreensão, prende a atenção, reacende o fervor, fortalece a comunhão e expressa melhor os desejos.

Em Atos 4:31 temos uma igreja orando em conjunto, de forma audível e participativa. Ali estavam aqueles cristãos dos primeiros tempos orando com intenso fervor e, "sob a influência do Espírito, palavras de arrependimento e confissão misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 38). Como resultado, "o lugar onde estavam reunidos tremeu".

Se isso aconteceu com os discípulos, não pode acontecer conosco? Se não ocorre com mais freqüência conosco é porque o conduto de energia está sendo obstruído por nos concentrarmos em coisas insignificantes, estando, entre elas, a busca de cargos e posições nas diversas esferas administrativas da igreja. Em outras palavras, vivemos o dilema dos discípulos antes de serem convertidos: "Quem será o maior?"

Temos de reconhecer que a incapacidade de uma pessoa orar com poder está relacionada com o fato de o evangelho ser para ela uma simples filosofia de vida sem muito significado. Para quem pensa assim, a oração apenas faz parte de um ritual litúrgico, de formalidades sem muito sentido. O que está faltando de nossa parte para obtermos a vitória por meio da oração? Acaso a resposta não estaria em Tiago 4:2, 3: "Nada tendes [...] porque pedis mal [...]?"

A oração feita com fervor, sinceridade e poder, proferida de forma audível e pública, deu aos discípulos o senso do que é essencial e mais importante para a vida cristã e os livrou da trivialidade e do superficialismo. Hoje podemos, igualmente, passar pela mesma experiência.

REFLEXÃO: "Sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças" (Fp 4:6).
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SARLI, Wilson. Água da fonte. Tatuí, SP: Casa publicadora Brasileira, 2008.

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